No dia 4 de setembro o ainda Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, convocou uma coletiva de imprensa para anunciar que as delações da JBS poderiam ser anuladas. Dias depois, o acordo não só seria revisto, como Ricardo Saud e Joesley Batista seriam detidos. Motivo: grampos extras e “acidentais” tinham sido encontrados em meio às provas enviadas pelos delatores.
Três dias depois da coletiva de Janot, a a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais pronunciou-se sobre o caso. De acordo com a APCF, o alerta já havia sido dado três meses antes e foi solenemente ignorado:
“Laudos periciais produzidos há cerca de 3 meses pelo Instituto Nacional de Criminalística já indicavam a existência de outros áudios, até então inéditos, que haviam sido apagados dos gravadores, com conteúdo de potencial interesse à investigação. Coincidência ou não, apenas após a Perícia Criminal Federal apontar que havia conteúdo apagado nos gravadores, novos áudios passaram a ser entregues pelos investigados colaboradores.”
Ou seja, Janot deliberadamente se fez de desentendido, e a essa altura fica impossível acreditar que tenha sido algo meramente acidental.
Com informações do portal Implicante.